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26/03/19

Quilombos em Ilhabela

Durante a época da colonização, à medida que as atividades agrícolas se expandiam, era necessário redobrar os cuidados com as plantações e a produção de cachaça. Foi assim que se iniciou a utilização de mão de obra pelos escravizados no município de Ilhabela, por volta do século XVI.

Com o tempo, outros engenhos foram construídos na ilha e novos proprietários, conhecidos como senhores de engenho, passaram a gerir seus negócios com a ajuda desses trabalhadores. Para evitar gastos em dinheiro, era comum a troca de pessoas por objetos de valor. Os escravos mais fortes e saudáveis eram mantidos nas lavouras, enquanto os mais fracos eram trocados por mercadorias.

Os cativos enfrentavam meses alojados em ambientes escuros, amontoados uns sobre os outros, utilizando farinha em cumbuca como alimento. Quando chegavam à terra firme, a saúde de alguns já estava debilitada. A caminhada pela floresta, subindo e descendo montanhas exigia muito esforço físico para aqueles que já estavam com baixa resistência.

Muitos foram os cativos que simularam a morte para fugir, adentrando a floresta, dando origem ao surgimento dos quilombos, esconderijos que abrigavam aqueles que resistiam à opressão. Algumas localidades em Ilhabela, além do nome, guardam vestígios e lendas desses acontecimentos.

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