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01/01/21

Naufrágios de Ilhabela


Navio: Crest
Origem: Inglês
Naufrágio: 12 de dezembro 1882
Local: Borrifos – Sul de Ilhabela
Mortos: Nenhum

O Crest foi um dos primeiros navios de casco de ferro a afundar na região de Ilhabela, por isso são raras as fotos que mostram o navio que está desmontado no fundo do mar. A embarcação afundou em 12 de dezembro de 1882, quando se perdeu e veio a naufragar próximo ao bairro dos Borrifos, zona sul de Ilhabela. Crest saiu do porto de Santos com uma carga de café com destino a Nova York, mas não concluiu a viagem.


Navio: Dart
Origem: Inglês
Naufrágio: 11 de setembro de 1884
Local: Borrifos – Sul de Ilhabela
Mortos: 1 Pessoa

O navio inglês Dart afundou em 11 de setembro de 1884 no Morro do Simão, nas proximidades dos Borrifos, ao sul de Ilhabela. Assim como o Crest, o Dart saiu do porto de Santos com uma carga de café com destino a Nova York. Durante a viagem, foi arrastado por uma forte tempestade e bateu o casco na Laje da Sapata, perto da ilha dos Alcatrazes.

O capitão tentou retornar ao porto, mas acabou afundando em frente ao Morro do Simão. Dos 56 tripulantes e cinco passageiros, o Imediato William Johnson foi quem desapareceu no mar. A colisão do navio com a laje jogou o oficial para fora da embarcação. Os habitantes de Ilhabela apelidaram o ‘Dart’ como o navio das louças. Muitos caiçaras embarcavam em canoas para levar inúmeras porcelanas inglesas do navio para revender na cidade.


Navio: Velásquez
Origem: Inglês
Naufrágio: 16 de Outubro 1908
Local: Taubaté / Sul de Ilhabela
Mortos: Nenhum

O transatlântico inglês transportava cargas mistas e passageiros quando se chocou contra a costeira em 16 de outubro de 1908, ao sul de Ilhabela, entre os bairros de Taubaté e Ponta da Sela. Completamente desmontado, este é um dos naufrágios mais fáceis para mergulhadores. Durante a maior parte do ano, a água é clara, o que permite boa visibilidade para do naufrágio. Não houve vítimas em Velásquez, e pedaços da embarcação podem ser vistos nas falésias costeiras.


Navio: Hathor
Origem: Inglês
Naufrágio: 24 de Março 1909
Local: Ponta da Sepituba / Sul de Ilhabela
Mortos: Nenhum

Este cargueiro inglês encalhou nas lajes da Ponta da Sepituba, ao sul de Ilhabela. Sua tripulação de 22 pessoas não deixou o navio, mas permaneceu a bordo com o capitão até o dia seguinte. Especialistas declararam perda total após tentativas falhadas de desencalhe. Toda a carga diversa do navio foi descarregada e o restante foi abandonado. O Hathor afundou em 24 de março de 1909 sem vítimas.


Rebocador: Guarany
Origem: Brasileiro
Naufrágio: 3 de Outubro de 1913
Local: Ponta da Pirabura / Sul de Ilhabela
Mortos: 31 pessoas

O rebocador da marinha brasileira colidiu com o navio Borborema na Ponta da Pirabura ao sul de Ilhabela em 3 de outubro de 1913. A embarcação Borborema realizava exercícios de defesa costeira quando, no meio da noite, o Guarany colidiu com tanta força que partiu o rebocador ao meio. Apenas 20 dos 51 tripulantes foram salvos. Guarany é considerado um túmulo da Marinha do Brasil em Ilhabela.


Navio: Príncipe de Astúrias
Origem: Espanhol
Naufrágio: 5 de Março de 1916
Local: Ponta da Pirabura / Sul de Ilhabela
Mortos: Mais de 1000 pessoas

Quando o “Príncipe das Astúrias” saiu da Espanha para Buenos Aires, pararia em Santos para descarregar chumbo. No entanto, o capitão José Lotina desviou-se da rota durante a viagem e atravessou o Atlântico a sudeste de Ilhabela. Segundo testemunhas oculares, o navio estava ancorado num canal escuro perto da Praia da Serraria e carregou algumas caixas em outra embarcação.

Ao final da operação, o navio retomou seu curso normal, mas antes de chegar à rota de Santos, o Príncipe das Astúrias colidiu com uma placa subaquática na Ponta da Pirabura, que abriu um buraco no centro do casco, permitindo a entrada das águas. Naquela manhã fria de 5 de março de 1916, o navio afundou em cinco minutos. Houve cerca de 450 mortes de passageiros cadastrados, mas somadas aos imigrantes, estima-se que Astúrias teve mais de mil óbitos.


Navio: Therezina
Origem: Brasileiro
Naufrágio: 3 de Fevereiro 1919
Local: Ponta da Sela / Sul de Ilhabela
Mortos: Nenhum

O vapor brasileiro Therezina naufragou em 3 de fevereiro de 1919. Saindo do Rio de Janeiro, dirigiu-se ao porto de Santos, onde carregou uma carga de farinha com destino a França. O navio não completou o percurso devido a um erro de navegação na Ponta da Sela, ao sul de Ilhabela. Os fortes ventos na área desviaram o navio do curso e os oficiais não conseguiram detectar tal mudança, fazendo com que ele encalhasse na costa da Ilha. Não houve vítimas.

O navio Therezina (homenagem à capital piauiense) chamava-se Siegmund quando foi construído na Alemanha em 1905. Em 1914, esta embarcação chegou a Santos e permaneceu em águas estaduais sem autorização. Três anos depois, o governo brasileiro o confiscou e o converteu em um cargueiro, então chamado de Therezina.



Navio: Aymoré
Origem: Brasileiro
Naufrágio: 24 de Julho de 1920
Local: Ponta do Ribeirão / Sul de Ilhabela
Mortos: Nenhum

O navio brasileiro saiu do Rio de Janeiro com munições destinadas ao porto de Santos. Durante a viagem, um blecaute geral em Ilhabela deixou todos no escuro, e a falta de iluminação no litoral, somada ao mau tempo, contribuiu para o ofuscamento do navio, que bateu em uma rocha deserta e afundou em 24 de julho de 1920, na Ponta do Ribeirão, ao sul de Ilhabela, entre as praias do Bexiga e do Curral.


Navio: Elihu B. Washburne
Origem: Inglês
Naufrágio: 3 de Julho de 1943
Local: Próximo a Ilha de Alcatrazes / Sul de Ilhabela
Mortos: Nenhum

O navio americano afundou perto da Ilha dos Alcatrazes em 3 de julho de 1943. O cargueiro foi confundido com outro navio durante a Segunda Guerra Mundial e atingido por três torpedos do submarino alemão U-513. Não houve vítimas. 


Navio: Campos
Origem: Brasileiro
Naufrágio: 23 de Outubro de 1943
Local: Próximo a Ilha de Alcatrazes / Sul de Ilhabela
Mortos: 52 pessoas

Campos, originalmente chamado de Assunción, foi batizado com esse nome quando foi confiscado pelas autoridades e incluído na navegação brasileira. Em 23 de outubro de 1943, Campos afundou na Ilha dos Alcatrazes após ser torpedeado pelo submarino alemão U-170. Vítima da Segunda Guerra Mundial, apenas 11 dos 57 tripulantes e seis passageiros sobreviveram.


Navio: Concar
Origem: Espanhol
Naufrágio: 29 de Outubro de 1959
Local: Ponta de Piraçununga / Lado leste de Ilhabela
Mortos: Nenhum

O navio mercante espanhol se perdeu em uma forte tempestade na Ponta da Piraçununga, próximo da Pirabura, a leste de Ilhabela. Ele encalhou nas pedras em 29 de outubro de 1959 e ficou lá por 22 dias no litoral. Não houve vítimas.

Óleo de cozinha e massa de tomate estava entre os compartimentos mistos da empresa espanhola. Os caiçaras nas canoas tinham fácil acesso ao navio preso nas rochas costeiras. Na época, usavam azeite como combustível para lamparinas (pensando que era óleo) e a pasta de tomate como tinta para pintar as paredes das casas.


Navio: Urucânia
Origem: Brasileiro
Naufrágio: 23 de Abril de 1961
Local: Porto do Frade / Borrifos / Sul de Ilhabela
Mortos: 1 pessoa

O barco pesqueiro transportava uma carga de peixes quando foi pego por uma forte tempestade que o jogou contra à costa no Porto do Frades, ao sul de Ilhabela, perto dos Borrifos. O naufrágio ocorreu em 23 de abril de 1961. Antes de serem sugados para as profundezas do canal, seus 20 tripulantes foram resgatados pelo pescador de Ilhabela, Brás de Carvalho, que ouviu um pedido de socorro na madrugada. Ignorando a tempestade, o pescador resgatou um a um com uma corda de 25 metros. Na casa de Brás, apenas um dos integrantes da equipe não resistiu aos ferimentos causados pelo espinhel que lhe atravessou o corpo cheio de ganchos.


Avião: T6
Origem: Brasileiro
Naufrágio: 17 de Outubro 1961
Local: Próximo a Ilha de Búzios
Mortos: Nenhum

O avião brasileiro T6 foi construído em 1957 e em 17 de outubro de 1961, caiu devido a uma falha de motor na parte leste de Ilhabela, perto da ilha dos Búzios. O piloto Heinz Obrecht foi resgatado pelo caiçara da ilha dos Búzios, o senhor Francisco. Anos depois, a reportagem do jornal ‘Fantástico’ acompanhou uma equipe de mergulhadores até o local desse acidente e encontraram os restos do avião no fundo do mar. Na ocasião, houve um reencontro entre o piloto e o caiçara que o salvou. 


Navio: Alina P
Origem: Greco Cipriano
Naufrágio: 30 de Dezembro de 1991
Local: Praia de Barequeçaba / São Sebastião
Mortos: 1 Pessoa

No final do ano, em 30 de dezembro de 1991, o petroleiro greco-cipriota (Alina P) explodiu na região da praia de Barequeçaba, em São Sebastião, próximo ao porto da Petrobras. Após o descarregamento, a explosão ocorreu na proa, no compartimento de estiva e nos tanques de proa a popa. A tripulação fugiu pulando ao mar. Um dos marinheiros morreu carbonizado. 


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