Por Edson Souza / Acervo Verinha Freire
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O carnaval da cidade de Ilhabela inclui em sua programação um desfile de blocos de rua que formam o tradicional “Banho da Doroteia”. As festas já existiam no município, antes dos tempos das escolas de samba, mas com o passar dos anos, porém, a emoção se popularizou e o nome (Doroteia), inclusive os saltos no mar, foi “importado” da cidade de Santos.
Origem — Na década de 1920, os foliões mudaram a forma de como comemoravam o Carnaval na cidade de Santos, criando uma espécie de ‘banho á fantasia’. A iniciativa se deu com os integrantes do bloco carnavalesco “Pé no Fundo”, que organizaram o festejo na praia onde estava instalado o Clube Internacional de Regatas. A ideia abrangeu outras organizações como o “Clube de Regatas Saldanha da Gama” e o Clube de Regatas Santista.
Luiz Vieira de Carvalho, sócio de um dos clubes, foi quem nomeou o evento em Santos como “Banho da Doroteia”. Ele tinha o hábito de frequentar o Teatro Guarany onde à ‘Companhia Teatral Pinto Filho’ apresentava a peça “Dona Doroteia, Vamos Furar Aquela Onda”? Uma das cenas foi tão engraçada que não saia da cabeça de Luiz Vieira, então, sugeriu o nome “Doroteia” para as festividades do “banho à fantasia”.
Banho da Gerarda — Na Ilhabela, o carnaval também era comemorado com blocos de rua, atraindo moradores de São Sebastião, um deles foi o advogado Alexandre Derani, conhecido pelo apelido (Gerarda). Em 1955, ele sugeriu que na ilha deveria existir um banho à fantasia a exemplo do que ocorria em Santos. A ideia ganhou força em 1956 e o evento levou em homenagem (nos primeiros anos) o apelido de Alexandre: ‘Banho da Gerarda’.
Banho da Doroteia — Em 1959, com o advento das balsas, implantadas no
serviço de travessias entre Ilhabela e São Sebastião, foi que o evento embalou
por intermédio dos turistas, que ajudaram a conservar o nome de origem, assim,
o Banho da “Gerarda” ficou como “Doroteia”.
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